Provérbios
- A roupa suja lava-se em casa
- A açorda faz a velha gorda e a menina formosa
- A água corrente não mata a gente
- A ambição cerra o coração
- A boda e a batizado, não vás sem ser convidado
- A cavalo dado não se olha o dente
- A chuva e o frio, metem a Lebre a caminho
- A conversa é como as cerejas
- A esperança é a última a morrer
- A fartura faz bravura
- A fruta proibida é a mais apetecida
- A galinha da vizinha é sempre melhor que a minha
- A galinha que canta como galo corta-se-lhe o gargalo
- A intenção é que conta
- A laranja de manhã é ouro, à tarde é prata e à noite mata
- A mulher e a sardinha, querem-se da mais pequenina
- A noite é boa conselheira
- A ocasião faz o ladrão
- A ociosidade é mãe de todos os vícios
- A palavra é de prata e o silêncio é de ouro
- A pensar morreu um burro
- A Pescada de Janeiro, vale um carneiro
- A rico não devas e a pobre não prometas
- A uns morrem as vacas, a outros parem os bois
- Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado
- Água mole em pedra dura tanto bate até que fura
- Águas passadas não movem moínhos
- Albarda-se o burro à vontade do dono
- Alentejanos, algarvios e cães de caça, é tudo da mesma raça
- Amarra-se o burro, é vontade do dono
- Amigo do seu amigo meu amigo é
- Amigo não empata amigo
- Amigo verdadeiro vale mais do que dinheiro
- Amigos amigos, negócios à parte
- Amor com amor se paga
- Antes a morte que tal sorte
- Antes quebrar que torcer
- Ao menino e ao borracho põe Deus a mão por baixo
- Aproveite Fevereiro quem folgou em Janeiro
- As aparências iludem
- As boas contas fazem os bons amigos
- As cadelas apressadas parem cães tortos
- As favas, Maio as dá, Maio as leva
- Até ao lavar dos cestos é vindima
- Azeite de cima, mel do meio e vinho do fundo, não enganam o mundo
- Bem mal ceia quem come de mão alheia
- Boda molhada, boda abençoada
- Boi luzidio nunca tem fastio
- Brigas de namorados, amores dobrados
- Burro velho não aprende línguas
- Cada cabeça sua sentença
- Cada macaco no seu galho
- Cada maluco com a sua mania
- Cada panela tem o seu testo
- Cada um a seu dono
- Cada um é para o que nasce
- Cada um por si e Deus por todos
- Cada um sabe as linhas com que se cose
- Calças brancas em Janeiro, sinal de pouco dinheiro
- Candeia que vai à frente alumia duas vezes
- Cão que ladra não morde
- Carnaval na eira, Páscoa à lareira
- Casa de esquina, ou morte ou ruína
- Casa de pais, escola de filhos
- Casa onde entra o sol não entra o médico
- Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão
- Casa roubada, trancas à porta
- Casamento, apartamento
- Cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém
- Cesteiro que faz um cesto faz um cento
- Com a mulher e o dinheiro, não zombes companheiro
- Com a vinha em Outubro come a cabra, engorda o boi e ganha o dono
- Com os males dos outros posso eu muito bem
- Com papas e bolos se enganam os tolos
- Da discussão nasce a luz
- Da flor de Janeiro, ninguém enche o celeiro
- Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus
- De boas intenções está o inferno cheio
- De Espanha nem bom vento nem bom casamento
- De médico e de louco, todos temos um pouco
- De noite todos os gatos são pardos
- De pequenino se torce o pepino
- Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer
- Depois da tempestade vem a bonança
- Desconfiar de homem que não fale e de cão que não ladre
- Deus ajuda a quem muito cedo madruga
- Deus dá nozes a quem não tem dentes
- Deus dá o frio conforme a roupa
- Deus escreve direito por linhas tortas
- Devagar se vai ao longe
- Diz o roto ao nu "Porque não te vestes tu?"
- Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és
- Dos fracos não reza a história
- Ele a dar-lhe e a burra a fugir
- Em Abril águas mil
- Em Abril, carrega a velha o carro e o carril
- Em Agosto toda a fruta tem gosto
- Em boca fechada não entra mosquito
- Em casa de ferreiro, espeto de pau
- Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a chorar, se vires nevar, põe-te a cantar
- Em Maio queima-se a cereja ao borralho
- Em Maio, já a velha aquece o palácio
- Em Março, esperam-se as rocas e sacham-se as hortas
- Em Outubro centeio ruivo
- Em Outubro manda o boi para o palheiro e o barco para o muro
- Em Roma, faz como os Romanos
- Em Setembro planta, colhe e cava que é mês para tudo
- Em Setembro, ardem os montes, secam-se as fontes
- Em tempo de guerra não se limpam armas
- Em terra de cegos quem tem um olho é rei
- Enquanto há vida há esperança
- Enquanto o pau vai e vem, folgam as costas
- Entre marido e mulher não metas a colher
- Entre mortos e feridos alguém há-de escapar
- A Escândola aparta amor
- Faz o que te digo, não faças o que eu faço
- Fiandeira não ficaste, pois em Maio não fiaste
- Fia-te na Virgem e não corras
- Filho de peixe, sabe nadar
- Filho és, pai serás
- Filho sem dor, mãe sem amor
- Filhos criados, trabalhos dobrados
- Gaba-te, cesta, que vais à vindima
- Gaivotas em terra sinal de tempestade
- Gaivotas em terra, tempestade no mar
- Galinha de campo não quer capoeira
- Gato escaldado de água fria tem medo
- Gato escondido com o rabo de fora
- Gostos não se discutem
- Grande nau grande tormenta
- Grandes males, grandes remédios
- Grão a grão enche a galinha o papo
- Guarda que comer, não guardes que fazer
- Guardado está o bocado para quem o há de comer
- Há mais marés que marinheiros
- Há males que vêm por bem
- Haja fartura, que a fome ninguém atura
- Homem pequenino, velhaco ou dançarino
- Homem prevenido vale por dois
- Inverno de Março e seca de Abril, deixam o lavrador a pedir
- Janeiro fora, cresce o dia uma hora
- Janeiro molhado, se não é bom para o pão, não é mau para o gado
- Janeiro quente, traz o Diabo no ventre
- Julho quente, seco e ventoso, trabalha sem repouso
- Junho abafadiço, sai a abelha do cortiço
- Junho calmoso, ano formoso
- Junho floreiro, paraíso verdadeiro
- Juntam-se as comadres, descobrem-se as verdades
- Junta-te aos bons, serás como eles, junta-te aos maus e serás pior do que eles
- Ladrão que rouba a ladrão, tem cem anos de perdão
- Longe da vista, longe do coração
- Macaco velho, não trepa galho seco
- Maio frio e Junho quente: bom pão, vinho valente
- Maio hortelão, muita palha e pouco grão
- Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo.
- Mais homens se afogam num copo do que no mar
- Mais vale burro vivo que sábio morto
- Mais vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto
- Mais vale prevenir do que remediar
- Mais vale quem Deus ajuda do que quem muito madruga
- Mais vale rico e com saúde do que pobre e doente
- Mais vale só do que mal acompanhado
- Mais vale tarde que nunca
- Mais vale um mau acordo que uma boa sentença
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar
- Mais vale um pé no travão que dois no caixão
- Mãos frias, coração quente, amor para sempre
- Março, marçagão, de manhã Inverno, à tarde Verão
- Morra Marta, mas morra farta
- Morte com honra, não desonra
- Morto por morto, antes a velha que o porco
- Muita parra pouca uva
- Muito custa a um pobre viver e a um rico morrer
- Muito riso, pouco siso
- Mulher doente, mulher para sempre
- Mulher honrada não tem ouvidos
- Mulher que assobia, ou capa porcos ou atraiçoa o marido
- Na adversidade é que se prova a amizade
- Na morte e na boda verás quem te honra
- Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje
- Não digas bom o prazer nem chames ruim à dor, torna calmo teu assento de tranquilo espectador
- Não é com vinagre que se apanham moscas
- Não há atalho sem trabalho
- Não há bela sem senão
- Não há Entrudo sem Lua Nova nem Páscoa sem Lua Cheia
- Não há fome que não dê em fartura
- Não há fumo sem fogo
- Não há luar como o de Janeiro nem amor como o primeiro
- Não há mês mais irritado do que Abril zangado
- Não peças a quem pediu nem sirvas a quem serviu
- Natal a assoalhar e Páscoa ao mar
- Nem tanto ao mar nem tanto à terra
- Nem tudo o que reluz é ouro
- Nem tudo o que vem à rede é peixe
- Neve em Fevereiro, presságio de mau celeiro
- Nevoeiro de S. Pedro, põe em Julho o vinho a medo
- No Carnaval nada parece mal
- No dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
- No melhor pano cai a nódoa
- No pó semeia, que Setembro te pagará
- No poupar é que está o ganho
- No princípio ou no fim, costuma Abril a ser ruim
- No São Martinho vai à adega e prova o vinho
- No São Mateus de Setembro vindimam os sisudos e semeiam os sandeus
- No São Simão fava o chão
- Nunca digas: desta água não beberei
- Nunca o invejoso medrou nem quem ao pé dele morou
- Nuvens em Setembro: chuva em Novembro e neve em Dezembro
- O barato sai caro
- O bom filho à casa torna
- O cão ladra e a caranava passa
- O casamento e a mortalha no céu se talha
- O futuro a Deus pertence
- O hábito não faz o monge
- O homem põe e Deus dispôe
- O pão do pobre cai sempre com a manteiga para baixo
- O pior cego é o que não quer ver
- O primeiro milho é dos pardais
- O que arde cura e o que aperta segura
- O que os olhos não vêem o coração não sente
- O que se não faz no dia da romaria, faz-se no outro dia.
- O saber não ocupa lugar
- O seguro morreu de velho
- O silêncio é de ouro
- O último a rir é quem ri melhor
- O Verão colhe e o Inverno come
- Olho por olho, dente por dente
- Os últimos são sempre os primeiros
- Outubro meio chuvoso, torna o lavrador venturoso
- Palavras loucas, orelhas moucas
- Para lá do Marão, mandam os que lá estão
- Para quem é, bacalhau basta
- Páscoa em Março, ou fome ou mortaço
- Patrão fora, dia santo na loja
- Pedir a avarento, é caçar no mar
- Peixe não puxa carroça
- Pela boca morre o peixe
- Pelo fruto se conhece a árvore
- Pelo São Martinho prova o teu vinho, ao cabo d'um ano já não te faz dano
- Perdido por cem, perdido por mil
- Porcos com frio e homens com vinho fazem grande ruído
- Presunção e água benta cada qual toma a que quer
- Quando a esmola é grande, o pobre desconfia
- Quando em Março arrulha a perdiz, ano feliz
- Quando Maio chegar, quem não arou tem de arar
- Quando um burro fala, os outros baixam as orelhas
- Quando vem Março ventoso, Abril sai chuvoso
- Quanto maior a nau, maior a tormenta
- Quanto mais alto, maior é a queda
- Quem anda à chuva, molha-se
- Quem cala, consente
- Quem canta seu mal espanta
- Quem com ferros mata, com ferros morre
- Quem com porcos se mistura farelos come
- Quem come a carne que roa os ossos
- Quem compra terras, compra guerras
- Quem corre por gosto não cansa
- Quem dá e torna a tirar ao inferno vai parar
- Quem dá o que tem a mais não é obrigado
- Quem desdenha quer comprar
- Quem diz o que quer, ouve o que não quer
- Quem é vivo sempre aparece
- Quem em Abril não varre a eira e em Maio não rega a leira, anda todo o ano em canseira
- Quem espera desespera
- Quem espera sempre alcança
- Quem fala assim, não é gago
- Quem feio ama, bonito lhe parece
- Quem gasta mais do que tem, mostra que siso não tem
- Quem mais jura é quem mais mente
- Quem muito fala pouco acerta
- Quem não aparece, esquece
- Quem não arrisca não petisca
- Quem não deve não teme
- Quem não tem bois, não promete carrada
- Quem não tem cão, caça com gato
- Quem não tem dinheiro não tem vícios
- Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte
- Quem quer vai, quem não quer manda
- Quem sai aos seus não degenera
- Quem se mete por atalhos, mete-se em trabalhos
- Quem semeia ventos colhe tempestades
- Quem te avisa teu amigo é
- Quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão
- Quem tem boca vai a Roma
- Quem tem sorte ao jogo não tem sorte aos amores
- Quem torto nasce, tarde ou nunca se endireita
- Quem tudo quer saber, nada se lhe diz
- Quem tudo quer tudo perde
- Quem vai ao mar avia-se em terra
- Quem vareja no Natal deixa azeite no olival
- Quem vê caras não vê corações
- Ramos molhados, anos melhorados
- Remenda o teu pano e dura mais um ano. Volta a remendar e mais um ano vai durar.
- Roma e Pavia não se fizeram num dia
- Saber esperar é uma grande virtude
- São mais as vozes que as nozes
- São Mamede te levede, São Vincente te acrescente
- Se Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé
- Se o Inverno não erra caminho, têmo-lo pelo S. Martinho
- Se o sapo canta em Janeiro, guarda a palha no sendeiro
- Se queres ver o teu corpo, abre o teu porco
- Setembro, ou seca as fontes ou leva as pontes
- Tantos dias de geada terá Maio, quantos de nevoeiro teve Fevereiro
- Tão ladrão é o que vai à horta, como o que fica à porta
- Vê-se na adversidade o que é a amizade
- Vinho verde em Janeiro, é mortalha no telheiro
- Viver não custa, o que custa é saber viver
- Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades